"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

quarta-feira, 23 de março de 2016

Em qual nível de humanidade chegamos?...

Em qual nível de humanidade chegamos? A banalização da violência está no ápice? Sorrir enquanto se observa um assassinato já é algo tão comum entre nós? Torcer pela morte já se tornou tão banal?
Alguns podem dizer que esse elo com a violência sempre existiu, afinal, nós seres humanos sempre precisamos nos matar para conseguir a sobrevivência, nos degladiamos para fazer o povo sorrir, enfrentamos inimigos que nem conhecemos em diversas guerras, rimos ao sufocar milhões em câmaras de gás, degolamos nossos iguais por pensarem diferente, explodimos prédios e a nós mesmos para causar o terror, achamos certo amarrar o ladrão no poste e esperar ele ir a óbito. 

"Querem sangue, querem lama, 
querem à força o beijo na lona e querem ao vivo."
(Freud Flinstone - Engenheiros do Hawaii)

Como se já não bastasse toda a violência e o descaso que levamos ao lugar onde vivemos, as explorações e os abusos que causamos ao local onde estamos, os desperdícios e os prejuízos que causamos à mãe Terra. Ainda não temos outro lugar para ir viver e mesmo assim não cansamos de abusar disso aqui que é nosso. Não há lado de fora nessa história, ou nos resolvemos com nós mesmos e com nosso planeta ou invariavelmente chegaremos a nossa extinção por nós mesmos e não por causas naturais.

"O mundo oferece tudo para o bem,
Porém, eles só procuram o mal,
O mundo é fabuloso,
Ser humano que não é legal."
(O único problema do mundo - Janderson Oliveira)

Os abraços entre os desconhecidos, os sorrisos sem razão para os iguais, os cumprimentos em silêncio com a cabeça, o aperto de mão fraterno, o olhar de ajuda para quem precisa, o amor recíproco entre nós, onde estão todas estas coisas? Ainda existe amor no mundo? Ainda existe amor entre nós seres humanos?
E qual será o futuro das crianças que já nascem em meio a toda essa violência e intolerância? Quantas mais delas terão que ter lágrimas escorrendo pelo rosto ou morrerão à beira mar por causa das loucuras de seus antecessores? Elas serão a mudança ou a continuação do caos? Serão o futuro ou o fim da nossa espécie?... 

"Ontem um menino que brincava me falou: 
'hoje é semente do amanhã, 
para não ter medo que este tempo vai passar, 
não se desespere e nem pare de sonhar'."
(Nunca pare de sonhar - Gonzaguinha)